A gigante do comércio eletrônico Amazon teria feito uma oferta formal para adquirir o TikTok, segundo informações reveladas por uma autoridade do governo dos Estados Unidos que falou sob condição de anonimato. A negociação, ainda em estágios iniciais, pode representar uma das movimentações mais ousadas da Amazon no setor de tecnologia e redes sociais.
A possível aquisição surge em meio a uma crescente pressão regulatória sobre a ByteDance, empresa chinesa controladora do TikTok. Legisladores norte-americanos têm manifestado preocupações com a segurança de dados dos usuários, alegando que as conexões da plataforma com o governo chinês representam uma ameaça à segurança nacional. Um projeto de lei em trâmite no Congresso pode forçar a venda do TikTok nos Estados Unidos ou levar à sua proibição no país.
A Amazon, por sua vez, tem investido pesadamente em inteligência artificial, publicidade digital e conteúdo de vídeo, e a aquisição do TikTok poderia consolidar sua presença nessas áreas. A plataforma de vídeos curtos conta com mais de 1 bilhão de usuários ativos globalmente, sendo uma das redes sociais mais influentes entre o público jovem.
Até o momento, nem a Amazon nem a ByteDance comentaram oficialmente sobre a possível transação. Especialistas do setor avaliam que, caso a compra avance, a Amazon teria de enfrentar intensas análises regulatórias, tanto nos EUA quanto internacionalmente.
A autoridade norte-americana que revelou a informação afirmou que o governo vê com bons olhos a possibilidade de o TikTok ser adquirido por uma empresa dos EUA, desde que a negociação siga os critérios estabelecidos pelo Comitê de Investimentos Estrangeiros dos Estados Unidos (CFIUS).
Apesar do sigilo em torno dos valores envolvidos, analistas estimam que a compra do TikTok nos EUA poderia girar em torno de US$ 40 a 60 bilhões, dependendo do escopo da negociação e dos ativos incluídos.
Caso a oferta da Amazon seja bem-sucedida, a empresa fundada por Jeff Bezos poderá ingressar em um novo território estratégico, disputando diretamente com Meta, Google e outras big techs pela atenção — e dados — da audiência digital global.