Em Manipur, Índia, a violência contínua entre a comunidade tribal Kuki-Zo e a predominante comunidade hindu Meitei já persiste por mais de oito meses. Mais de 41.000 indivíduos Kuki-Zo foram deslocados, e 80 pessoas, incluindo mulheres e crianças, perderam a vida devido a condições precárias em abrigos improvisados. A disputa por direitos à terra e identidade resultou em 158 mortes até o momento. Cerca de 21 mil deslocados encontram-se em mais de 110 campos de refugiados em Churachandpur, com a falta de médicos especializados e medicamentos essenciais contribuindo para as mortes.
A violência persiste, apesar da presença militar, com bloqueios de rotas e relatos de ataques da polícia local contra a comunidade Kuki-Zo. O governo estadual foi criticado pela resposta insuficiente, resultando na destruição de mais de 7.000 casas e 350 igrejas Kuki-Zo. O Parlamento Europeu instou o governo indiano a restaurar a paz, destacando preocupações com políticas divisivas e atividades de grupos militantes, assim como o envolvimento partidário das forças de segurança em matanças.
