Não. Definitivamente não são sinônimos. São palavras que designam ações diversas com consequências distintas entre si. Tanto o holocausto quanto o sacrifício são tipos de ofertas feitas a Deus, mas há diferenças significativas entre eles em termos de propósito e prática.
HOLOCAUSTO – Também conhecido como oferta queimada, era uma oferta totalmente consumida pelo fogo do altar; com exceção do couro que servia para expiação dos pecados. O termo “holocausto” vem do grego “holokauston”, que significa “completamente queimado”. Essa oferta era um símbolo de completa dedicação a Deus e arrependimento dos pecados. O animal sacrificado no holocausto era geralmente um novilho, uma ovelha, uma cabra ou uma pomba. O holocausto era oferecido diariamente como parte do sistema sacrificial no templo, e também em ocasiões especiais, como festas religiosas ou expiação de pecados individuais ou coletivos.

SACRIFÍCIO – o termo “sacrifício” é mais genérico e pode abranger uma variedade de ofertas feitas a Deus. Além do holocausto, havia outros tipos de sacrifícios, como o sacrifício da paz, o sacrifício da expiação, o sacrifício de oferta de cereais e o sacrifício de pecado, cada um com propósitos e rituais específicos. Por exemplo, o sacrifício de paz era uma oferta de gratidão e comunhão com Deus, enquanto o sacrifício de pecado era oferecido para expiar pecados cometidos.
Enquanto o holocausto era uma oferta específica, totalmente consumida pelo fogo como um ato de dedicação e arrependimento, o termo “sacrifício” é mais amplo e inclui várias formas de ofertas a Deus com propósitos diferentes, como a gratidão, expiação de pecados e comunhão.
Levítico 7:19-38 detalha as instruções dadas por Deus a Moisés sobre a maneira como os filhos de Israel deveriam oferecer sacrifícios de paz ao Senhor. Esse texto aborda a importância da gratidão e da comunhão com Deus, bem como a maneira adequada de expressar esses sentimentos por meio de ofertas sacrificiais. “A carne que tocar alguma coisa imunda, não se comerá; com fogo será queimada. Qualquer que estiver limpo comerá a carne do sacrifício, porém, se alguma pessoa tendo sobre si a imundícia, comer a carne do sacrifício, que é do Senhor, será eliminada do seu povo. Se uma pessoa tocar alguma coisa imunda, como imundícia de homem, ou gado imundo, ou qualquer réptil imundo, e da carne do sacrifício pacífico, que é do Senhor, se ela comer, será eliminada do seu povo….” Levítico 7:19-38.
Nos versículos iniciais, é ressaltada a importância de comer a carne do sacrifício no mesmo dia em que é oferecida, ou no dia seguinte, e que aquilo que sobrar não deve ser guardado para o terceiro dia, pois se tornaria impuro. Essa instrução destaca a natureza fresca e imediata do vínculo com Deus, enfatizando a necessidade de não adiar a gratidão e a comunhão com Ele.
Além disso, o texto estabelece claramente quem pode participar do sacrifício de paz e quem não pode, mencionando as condições rituais e cerimoniais necessárias para que alguém possa desfrutar dessa comunhão com Deus. Também são delineadas as porções destinadas aos sacerdotes como parte da oferta, reforçando a importância do sustento daqueles que servem no santuário.
O capítulo termina enfatizando que aqueles que se abstêm de comer da oferta de paz estarão sujeitos à punição divina. Isso realça a seriedade com que Deus leva o compromisso de comunhão e gratidão por meio do sacrifício. Em última análise, Levítico 7:19-38 fornece um guia detalhado sobre como os filhos de Israel deveriam expressar sua devoção e gratidão a Deus por meio de ofertas sacrificiais, destacando a importância de seguir as instruções divinas com cuidado e reverência.
Holocausto e sacrifício foram criados por Deus em uma aliança com Abraão, através do sangue de animais para que as pessoas pudessem ser redimidas de seus pecados.
Jesus veio para acabar com a antiga aliança, que também não funcionava a contento e, instituiu através do seu próprio sangue uma nova aliança, que se tornou eterna.