Em um encontro significativo realizado em Roma, o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, e o secretário de Estado, Marco Rubio, se reuniram com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na manhã seguinte à missa inaugural do Papa Francisco. A reunião ocorreu em um momento crítico, um dia antes de uma importante conversa telefônica entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, sobre a guerra na Ucrânia.
Durante o encontro em Roma, Zelensky solicitou apoio adicional dos EUA, incluindo sanções mais rigorosas contra a Rússia e um reforço no fornecimento de armamentos para a Ucrânia. Ele também expressou preocupação com a postura dos EUA em relação à Rússia, especialmente após recentes declarações do presidente Trump sugerindo concessões ucranianas para facilitar um cessar-fogo. Zelensky enfatizou a necessidade de garantias de segurança robustas para a Ucrânia, temendo que qualquer acordo sem tais garantias possa ser violado pela Rússia, como ocorreu anteriormente.
O encontro em Roma ocorre em meio a crescentes tensões diplomáticas. Em fevereiro, uma reunião na Casa Branca entre Trump e Zelensky terminou de forma abrupta, com Zelensky sendo solicitado a deixar o local após um confronto direto com o vice-presidente Vance. Durante a reunião, Vance acusou Zelensky de ser “desrespeitoso” e questionou sua postura em relação à Rússia. Trump também criticou Zelensky por não demonstrar gratidão pelos esforços dos EUA em apoiar a Ucrânia. O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que a reunião “saiu dos trilhos” e sugeriu que Zelensky deveria pedir desculpas pelo ocorrido.
No dia seguinte ao encontro em Roma, Trump e Putin mantiveram uma conversa telefônica de duas horas, na qual discutiram a possibilidade de um cessar-fogo na Ucrânia. Embora Putin tenha descrito a conversa como “significativa” e expressado disposição para considerar um memorando para um cessar-fogo potencial, ele não concordou com a proposta ucraniana de um cessar-fogo imediato de 30 dias. Trump caracterizou a conversa como “excelente” e sugeriu que negociações diretas entre Rússia e Ucrânia poderiam ser facilitadas pelo Vaticano.
A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos dessas negociações. Enquanto líderes europeus pressionam por um cessar-fogo imediato e criticam a postura de Putin, Zelensky continua a buscar apoio firme dos EUA para garantir a segurança da Ucrânia. A situação permanece volátil, com a possibilidade de novas tensões diplomáticas e militares nos próximos dias.
