sábado, 19 julho 2025
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NOVO TESTAMENTO

O nome dado à segunda parte de nossa Bíblia é “Novo Testamento”, que significa literalmente “nova aliança” (Lucas 22:20). A palavra “aliança” significava um acordo feito por um indivíduo ou grupo com outro indivíduo ou grupo, sendo que esta segunda parte podia aceitar ou recusar o acordo, mas não modificá-lo. O Antigo Testamento registra, primariamente, o trato de Deus com Israel, baseado na aliança outorgada através de Moisés no monte Sinai, ao passo que o Novo Testamento descreve um novo acordo entre Deus e os homens, mediado através de Cristo com base na Nova Aliança (Êxodo 24:1-8; Lucas 22:14-20; II Coríntios 3:6-11). A Antiga Aliança revelava a santidade de Deus em Seu justo Filho. O Novo Testamento, portanto, consiste nos escritos que revelam o conteúdo desta Nova Aliança.
A mensagem do Novo Testamento está centralizada na Pessoa que Se entregou para a remissão dos pecados (Mateus 26:28) e no povo (a Igreja) que recebeu Sua salvação. Assim, o tema central do Novo Testamento é salvação. Os Evangelhos apresentam o Salvador. O livro de Atos dos Apóstolos descreve a disseminação das boas novas sobre a Sua salvação por grande parte do mundo mediterrâneo do primeiro século da era cristã. As Epístolas fornecem detalhes das bênçãos dessa salvação, e o Apocalipse antevê a culminação da salvação.
A DISPOSIÇÃO DOS LIVROS DO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento inclui 27 livros, escritos por nove autores diferentes (a não ser que Paulo tenha escrito Hebreus, quando então haveria apenas oito) durante um período de aproximadamente 50 anos. Estes livros se dividem naturalmente em quatro divisões:
1 – OS QUATRO EVANGELHOS: Estes livros descrevem a vida e o ministério de Jesus Cristo. Apesar de terem sido escritos depois de vários outros livros do Novo Testamento, era natural que, na ordem dos livros, a posição de prioridade fosse dada a estes relatos da vida e do ministério terreno de Jesus.
2 – O LIVRO DE ATOS: Esta é a história do início da Igreja e da disseminação do cristianismo pelo mundo greco-romano.
3 – AS 21 CARTAS (de Romanos a Judas): Descobertas arqueológicas têm demonstrado que cartas eram um meio comum de comunicação nos primeiros séculos da era cristã e, portanto, não é de surpreender que a maior parte dos livros do Novo Testamento seja em forma de cartas. O Apóstolo Paulo, o grande missionário e teólogo da Igreja primitiva, escreveu 13 ou 14 dessas cartas. Elas foram endereçadas a igrejas e também a indivíduos, e ensinam doutrina cristã tanto de modo formal (como Romanos) quando de modo informal, aplicando o ensino a situações práticas da vida cotidiana (como em I Coríntios e Filemom).
4 – O APOCALIPSE : Este último livro descreve o triunfo final de Jesus Cristo e Seu povo no futuro.
A ORDEM DOS LIVROS DO NOVO TESTAMENTO
Conforme já foi sugerido, a ordem dos livros do Novo Testamento é lógica. Em primeiro vêm os Evangelhos, que registram a vida de Cristo; depois vem Atos, que fornece a história do avanço do cristianismo; depois vêm as cartas, que mostram o desenvolvimento das doutrinas da Igreja, bem como os seus problemas; por fim, Apocalipse nos apresenta a visão da segunda vinda de Jesus.
A COLEÇÃO DOS LIVROS
Depois de escritos, os livros não foram imediatamente reunidos no cânon (a coleção dos 27 livros que compõem o Novo Testamento). Grupos de livros como as cartas de Paulo e os Evangelhos foram, a princípio, preservados pelas igrejas ou indivíduos a quem haviam sido destinados, até que gradualmente todos os 27 livros foram coletados e formalmente reconhecidos pela Igreja como um todo.
Esse processo durou cerca de 350 anos. No segundo século a circulação de livros que promoviam heresias acentuou a necessidade de distinguir entre as Escrituras legítimas e outra literatura cristã. Certos testes foram desenvolvidos para determinar os livros a serem incluídos no cânon:
1 – O livro foi escrito ou aprovado por um Apóstolo?
2 – Seu conteúdo era de natureza claramente espiritual?
3 – Dava provas de ser inspirado por Deus?
4 – Teve recepção ampla entre as igrejas?
Nem todos os 27 livros que eventualmente vieram a ser reconhecidos como canônicos foram aceitos por todas as igrejas nos primeiros séculos, mas isto não significa que aqueles que não foram imediata e universalmente aceitos fossem espúrios. Cartas dirigidas a indivíduos (Filemom, 2 e 3 João) não teriam circulado tanto quanto cartas enviadas a igrejas. Os livros mais controvertidos foram Tiago, Judas, 2 Pedro, 2 e 3 João e Filemom; mas por fim estes também foram incluídos e o cânon foi reconhecido no Concílio de Cartago, em 397 A.D. (Anno Domini – no ano de nosso Senhor).
Embora nenhum dos escritos originais dos livros que compõem o Novo Testamento tenha sobrevivido, existem cerca de 4.500 manuscritos gregos do todo ou de partes dele, mais cerca de 8.000 manuscritos latinos e, pelo menos, 1.000 outros manuscritos de versões de outras línguas para as quais os livros foram traduzidos. O estudo e a comparação cuidadosos destas muitas cópias nos forneceram um texto acurado e fidedigno no Novo Testamento.
(A Bíblia Anotada – versão Almeida, Revista e Atualizada – com introdução, esboço, referências laterais e notas por CHARLES CALDWELL RYRIE)

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