Os terroristas do Hamas fizeram reféns na comunidade fronteiriça de Be’eri e na cidade de Ofakim, 32 km a leste de Gaza, disse o porta-voz das FDI, o general Daniel Hagari, acrescentando que os dois locais eram os “principais pontos focais” do desdobramento da crise.
Num discurso televisionado, ele disse que havia forças especiais com comandantes superiores nas duas comunidades e que os combates continuavam em 22 locais.
Um vídeo, geolocalizado pela CNN para Be’eri, mostra terroristas do Hamas levando vários israelenses como prisioneiros.
Moradores de Be’eri e de outra comunidade na fronteira de Israel com Gaza, Nir Oz, disseram à estação de televisão Channel 12 do país que os agressores estavam indo de porta em porta, tentando arrombar suas casas.
O Canal 12 também informou que infiltrados fizeram reféns no Netiv HaAsara. As autoridades israelenses não confirmaram imediatamente quaisquer detalhes sobre essas informações
Israel busca determinar o número exato de reféns levados para Gaza, um enclave costeiro isolado com quase 2 milhões de pessoas, amontoados numa área de aproximadamente 360 k², um dos locais mais densamente povoados do mundo.
O tenente-coronel Richard Hecht, porta-voz militar israelense, disse à CNN neste domingo (8) que “dezenas” foram capturadas e enfatizou o quão complexa era a situação quando o exército lançou ataques aéreos contra Gaza em retaliação.
No último sábado, por volta das 05h50 no horário local, uma conta no Telegram associada à ala armada do Hamas compartilhou as primeiras imagens do local, capturadas em Kerem Shalom, o ponto mais ao sul das passagens de Gaza.
Essas imagens mostravam militantes assumindo o controle de um posto de controle e os corpos ensanguentados de dois soldados israelenses no chão.
Em outra imagem, pelo menos cinco motocicletas transportavam dois militantes armados com rifles, passando por um buraco cortado na cerca de arame da barreira.

CRÉDITO, REDES SOCIAIS
Em uma seção menos vigiada, uma escavadeira foi vista demolindo um trecho da cerca com arame farpado no topo. Dezenas de indivíduos aparentemente desarmados se reuniram ali, e alguns começaram a atravessar o buraco.
No ponto mais ao norte das passagens de Gaza, em Erez, cerca de 43,4 km ao norte de Kerem Shalom, o Hamas estava lançando outro ataque.

CRÉDITO, REDES SOCIAIS
Imagens foram compartilhadas em um dos canais de propaganda do grupo, mostrando uma explosão na barreira de concreto, que serviu como sinal para iniciar o ataque.
Nas imagens, um militante pode ser visto acenando para um grupo de combatentes em direção ao local da explosão. Oito homens vestindo coletes à prova de balas e armados com rifles correram em direção ao posto de controle fortemente fortificado, disparando contra as tropas israelenses.
Em seguida, é possível ver corpos de soldados israelenses no chão, enquanto os militantes, claramente organizados e treinados, vasculham os quartos do complexo.
Gaza possui sete passagens oficiais, sendo que seis são controladas por Israel, enquanto uma é controlada pelo Cairo, no Egito. Em questão de poucas horas, o Hamas encontrou maneiras de entrar no território israelense ao longo de toda a barreira.
Os combatentes do Hamas se espalharam em várias direções a partir de Gaza.
Agora, sabemos pelas autoridades israelenses que eles atacaram 27 locais diferentes, aparentemente com ordens para eliminar qualquer alvo que encontrassem.
O ponto mais distante que o Hamas conseguiu alcançar foi a cidade de Ofakim, localizada a 22,5 km a leste de Gaza.
Em Sderot, militantes foram avistados em pé na traseira de uma caminhonete que percorria a cidade, situada cerca de 3 km (1,8 milhas) a leste de Gaza.
Cerca de uma dúzia de combatentes armados foram observados espalhando-se pelas ruas vazias de Ashkelon, ao norte do ponto de travessia de Erez que havia sido invadido.
Cenas semelhantes se repetiram por toda a região sul de Israel, e os civis receberam orientações das forças armadas para se refugiarem em locais fechados.
No festival de música próximo a Re’im, homens armados abriram fogo contra um grande grupo de jovens que se reuniram no deserto.
Um testemunha relatou à BBC como os militantes estavam dirigindo uma van carregada de armas e passaram três horas procurando por outros israelenses para atacar.
É preciso orar por Israel.