O governo de Israel anunciou o início de operações terrestres em larga escala na Faixa de Gaza, após o fracasso das recentes negociações com o grupo Hamas. Fontes de ambos os lados confirmaram que não houve progresso significativo nas tentativas de cessar-fogo, levando o país a intensificar sua ofensiva militar.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a operação visa retomar o controle total da região e pressionar o Hamas a liberar os reféns ainda em cativeiro. Além disso, foi anunciado que uma quantidade limitada de ajuda humanitária será permitida na região, com o objetivo de aliviar a crise alimentar que afeta cerca de meio milhão de pessoas em Gaza. No entanto, organizações internacionais expressaram preocupações sobre as condições e a eficácia dessa assistência.
O grupo Hamas rejeitou as condições propostas por Israel nas negociações de cessar-fogo, alegando que não há sentido em continuar as discussões enquanto persistir o que chamou de “guerra de fome”. O Hamas também criticou a presença militar israelense no Corredor Filadélfia, na fronteira com o Egito, considerando-a uma tentativa de estabelecer uma ocupação permanente.
Desde o início do conflito em outubro de 2023, mais de 53 mil pessoas morreram em Gaza, e mais de 121 mil ficaram feridas, de acordo com autoridades locais. A Organização das Nações Unidas (ONU) e países como Reino Unido, França e Canadá expressaram condenação às ações militares israelenses e advertiram sobre possíveis sanções devido à crise humanitária em curso.
Com a intensificação das operações militares e a continuidade do impasse nas negociações, a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos da situação em Gaza. Especialistas alertam para o risco de uma escalada ainda maior do conflito, com impactos significativos para a população civil e para a estabilidade regional.
