O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou hoje (28) a morte de Mohammed Sinwar, líder do Hamas na Faixa de Gaza, durante um ataque aéreo israelense ocorrido em 13 de maio. Sinwar, irmão de Yahya Sinwar — também morto por Israel em outubro de 2024 — assumiu a liderança do grupo após a morte do irmão e era considerado um dos principais arquitetos dos ataques de 7 de outubro de 2023, que resultaram em mais de mil mortos e centenas de reféns israelenses.
O ataque que resultou na morte de Mohammed Sinwar visou um centro de comando do Hamas localizado sob o Hospital Europeu, em Khan Younis, no sul de Gaza. Fontes israelenses afirmam que o corpo de Sinwar foi encontrado em um túnel da região.
A morte de Sinwar representa um golpe significativo para o Hamas, que já havia perdido outros líderes-chave, como Mohammed Deif e Ismail Haniyeh, em ataques anteriores. Especialistas alertam, no entanto, que o grupo ainda mantém uma estrutura descentralizada e capaz de se reorganizar, apesar das perdas.
O conflito em Gaza continua a causar uma grave crise humanitária, com mais de 54 mil palestinos mortos, a maioria mulheres e crianças, e milhões de pessoas deslocadas. A ONU e organizações internacionais criticam o bloqueio e os ataques a civis e instalações de saúde, enquanto Israel acusa a ONU de atrasar a entrega de ajuda humanitária.
O anúncio da morte de Mohammed Sinwar ocorre em um momento de intensificação das hostilidades, com mais de 200 ataques israelenses registrados nas últimas 24 horas, resultando em 79 mortes, segundo autoridades palestinas.
A comunidade internacional continua a pressionar por um cessar-fogo e por acesso humanitário irrestrito à Gaza, enquanto as negociações para uma resolução duradoura do conflito permanecem estagnadas.