A inflação do mês de fevereiro registrou uma alta de 1,31%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (12). O índice foi impulsionado principalmente pelos aumentos nos gastos com educação e energia elétrica.
A alta já era amplamente esperada pelo mercado financeiro, que projetava um aumento de 1,28%. No entanto, o resultado foi o maior para um mês de fevereiro desde 2003, quando a inflação alcançou 1,57% no período.
Um dos grandes vilões do índice inflacionário de fevereiro foi o setor de educação, que apresentou aumentos significativos devido ao reajuste das mensalidades escolares, um movimento sazonal que ocorre no início do ano letivo.
Outro fator determinante foi a alta na conta de energia elétrica, que sofreu reajustes tarifários em algumas regiões do país. Com o aumento dos custos de geração e distribuição de energia, o impacto no bolso do consumidor foi inevitável.
Com o resultado de fevereiro, a inflação acumulada em 12 meses segue pressionada, reforçando a necessidade de monitoramento pelo Banco Central e pelos formuladores de política econômica. O mercado continua atento às decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) em relação à taxa básica de juros (Selic), que influencia diretamente o controle da inflação no país.
Para os próximos meses, analistas projetam uma desaceleração no índice inflacionário, à medida que os efeitos dos reajustes sazonais se dissipam. No entanto, o comportamento dos preços administrados, como combustíveis e energia, segue como um fator de atenção.
A próxima divulgação do IBGE sobre a inflação trará novos elementos para o debate econômico, permitindo uma avaliação mais precisa sobre a direção dos preços no Brasil e seus impactos no poder de compra da população.