Em meio a uma escalada de violência na Faixa de Gaza, o grupo palestino Hamas anunciou que está em andamento uma nova rodada de negociações para um cessar-fogo com Israel. As conversas estão sendo conduzidas em Doha, no Catar, com a mediação de autoridades internacionais. O Hamas afirmou que aceitou uma proposta que inclui uma pausa inicial de seis semanas nos combates, a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a troca de reféns mantidos pelo Hamas por prisioneiros palestinos detidos em Israel.
No entanto, a situação humanitária em Gaza continua a se deteriorar. Nos últimos dias, ataques aéreos israelenses resultaram na morte de pelo menos 146 palestinos, com centenas de outros feridos ou soterrados sob escombros. A operação israelense, denominada “Carruagem de Gideão”, foi intensificada após a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Oriente Médio, e inclui ofensivas terrestres em várias áreas da Faixa de Gaza.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que o número total de mortos desde o início do conflito em outubro de 2023 ultrapassa 53 mil, com mais de 121 mil pessoas feridas e cerca de 65 mil deslocadas nos últimos dias. Hospitais e infraestrutura estão severamente danificados, e a escassez de alimentos, combustível e suprimentos médicos agrava ainda mais a crise humanitária.
Enquanto isso, Israel continua suas operações militares sem condições prévias, buscando eliminar a capacidade militar e de governança do Hamas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, indicou que o país está aberto a um cessar-fogo, mas condiciona qualquer acordo à liberação de reféns e outras exigências de segurança.
A comunidade internacional expressa crescente preocupação com a situação em Gaza, com organizações como a ONU e a Anistia Internacional condenando os ataques israelenses e alertando para possíveis crimes de guerra. Protestos contra as ações de Israel ocorreram em várias partes do mundo, incluindo na sede da ONU em Haia e em Atenas.
Embora as negociações para um cessar-fogo estejam em andamento, a falta de consenso sobre os termos e as contínuas hostilidades indicam que uma resolução pacífica para o conflito ainda está distante.