segunda-feira, 2 junho 2025
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EUA suspendem recomendação de vacina contra COVID-19 para crianças e grávidas

O governo dos Estados Unidos anunciou, em 28 de maio de 2025, a suspensão da recomendação de vacinação contra a COVID-19 para crianças saudáveis e mulheres grávidas. A decisão foi comunicada por Robert F. Kennedy Jr., atual secretário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), em um vídeo publicado nas redes sociais, acompanhado por outros altos funcionários de saúde, como o comissário da FDA, Marty Makary, e o diretor do NIH, Jay Bhattacharya. Kennedy alegou que faltam estudos clínicos robustos que justifiquem a continuidade das doses de reforço nesses grupos.

A medida representa uma mudança significativa na política de saúde pública dos EUA, tradicionalmente baseada em orientações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Até o momento, o CDC ainda não atualizou suas recomendações, que continuam a apoiar a vacinação para crianças a partir de seis meses e mulheres grávidas.

Especialistas em saúde pública expressaram preocupação com a decisão. O Dr. Georges Benjamin, diretor executivo da Associação Americana de Saúde Pública, e o Dr. Steven Fleischman, presidente da American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), destacaram os riscos aumentados da COVID-19 para mulheres grávidas e seus bebês, defendendo que as vacinas oferecem proteção essencial.

Além disso, a mudança de política pode impactar a cobertura dos custos das vacinas por planos de saúde. Com a retirada da vacina do calendário oficial, há o risco de que ela não seja mais totalmente coberta, o que poderia aumentar os custos para os pacientes e aprofundar disparidades no acesso à saúde.

A decisão de Kennedy também gerou críticas por sua implementação sem o processo consultivo habitual do CDC, que possui um comitê de assessoria que deve se reunir em junho para discutir diretrizes sobre a vacina contra a COVID-19. Especialistas apontam que a mudança abrupta pode causar confusão entre os profissionais de saúde e o público em geral.

Robert F. Kennedy Jr., filho do ex-senador Robert F. Kennedy e sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, é conhecido por suas posturas antivacinas e teorias da conspiração relacionadas à saúde pública. Ele já havia sido criticado por declarações que associavam vacinas a autismo, apesar da ausência de evidências científicas que sustentem tais alegações.

A comunidade médica e científica continua a monitorar as implicações dessa decisão, que pode influenciar futuras políticas de saúde pública nos Estados Unidos e afetar a confiança da população nas vacinas. Especialistas recomendam que os pais e gestantes consultem seus profissionais de saúde para tomar decisões informadas sobre a vacinação contra a COVID-19.

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