Os Estados Unidos propuseram recentemente um plano para estender o cessar-fogo na Faixa de Gaza até abril, visando criar uma “ponte” que permita negociações para uma cessação permanente das hostilidades. Essa iniciativa busca estender a trégua além dos períodos do Ramadã e da Páscoa, proporcionando um ambiente mais favorável para discussões de paz.
A proposta foi apresentada pelo enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, e pelo funcionário do Conselho de Segurança Nacional, Eric Trager. Por meio de intermediários do Catar e do Egito, o Hamas foi informado de que a implementação desse plano é urgente e que a libertação imediata de Edan Alexander, cidadão com dupla nacionalidade americana e israelense, é uma condição essencial.
Edan Alexander, de 21 anos, é o último cidadão americano mantido como refém em Gaza. Sua libertação tem sido uma prioridade nas negociações entre os EUA e o Hamas, que estão ocorrendo diretamente pela primeira vez em décadas. Essas negociações, mediadas por representantes no Catar, também buscam um cessar-fogo permanente e a liberação de outros reféns.
O Hamas anunciou recentemente sua disposição em libertar Edan Alexander e os corpos de outros quatro soldados israelenses como parte de um acordo excepcional, desde que Israel inicie simultaneamente as negociações para a segunda fase do cessar-fogo. Essa fase inclui o fim da guerra, a retirada de tropas e a abertura imediata dos cruzamentos fronteiriços para a entrada de ajuda humanitária.
No entanto, Israel rejeitou a oferta do Hamas de libertar Edan Alexander em troca do início da segunda fase das negociações, classificando-a como “guerra psicológica”. Israel prefere estender a fase atual do cessar-fogo, enquanto o Hamas insiste em avançar para uma resolução permanente do conflito.
A situação permanece delicada, com os EUA pressionando por uma solução que inclua a libertação de reféns e a extensão do cessar-fogo, enquanto as partes envolvidas buscam um acordo que atenda às suas respectivas demandas e leve a uma paz duradoura na região.