O Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (10) revela que o mercado financeiro revisou suas projeções para a inflação de 2025, reduzindo-a para 5,51%, ante 5,65% na semana anterior. Apesar desse ajuste, a expectativa permanece acima do centro da meta de inflação, que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação, continua sendo pressionado por fatores como os preços administrados (energia elétrica e combustíveis) e alimentos. O governo federal anunciou recentemente a redução da alíquota de importação de produtos como carne, café, açúcar e milho, como parte de um pacote de medidas para controlar a alta dos preços desses itens.
Em relação à taxa básica de juros, a Selic, o mercado financeiro manteve sua projeção para 2025 em 15%, mesmo patamar de semanas anteriores. Analistas não preveem redução da taxa até dezembro deste ano, sinalizando que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve manter uma postura cautelosa diante da inflação persistente.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro também foi revisado para baixo. A expectativa de crescimento para 2025 passou de 2,06% para 2,01%, refletindo uma desaceleração econômica que pode impactar a trajetória da inflação e as decisões de política monetária.
Em resumo, o mercado financeiro observa uma leve redução na expectativa de inflação para 2025, mas mantém a projeção de uma Selic elevada, sem previsão de redução até o final do ano, diante de desafios econômicos persistentes.
