Na Cúpula Climática da ONU COP28, realizada em Dubai, Emirados Árabes Unidos, quase 200 países alcançaram um marco histórico ao concordarem, pela primeira vez em décadas de negociações climáticas da ONU, em abandonar os combustíveis fósseis responsáveis pelo aquecimento global. O acordo, mais robusto do que um projeto anterior, não estabelece uma eliminação progressiva do petróleo, gás e carvão, proporcionando às nações flexibilidade na “transição” para fontes alternativas de energia. Embora a aprovação tenha ocorrido sem grande oposição, críticos destacam deficiências significativas, e pequenas nações insulares expressaram descontentamento, alegando que a correção de curso necessária não foi garantida. A delegada dos Estados Unidos, Jennifer Morgan, considera a diferença entre eliminação progressiva e transição como uma expressão positiva de equidade para nações mais pobres.

O acordo visa atingir zero emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050 e limitar o pico da poluição por carbono até 2025. Apesar de elogios e críticas, representa um passo crucial no reconhecimento da necessidade de abandonar os combustíveis fósseis.