sábado, 15 março 2025
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Crescimento de evangélicos no Brasil, pode atrapalhar a reeleição de Lula em 2026

A expansão evangélica no Brasil tem sido um fenômeno crescente nas últimas décadas e estimativas apontam que o número de evangélicos será maior que o número de católicos nos próximos anos, e sua influência na política nacional é cada vez mais evidente.

Esse crescimento reflete diretamente na política, com a formação da chamada “bancada evangélica” no Congresso Nacional, composta por parlamentares que defendem pautas conservadoras, como a oposição ao aborto, ao casamento homoafetivo e a políticas progressistas de gênero, o que pode representar um grande obstáculo para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua possível tentativa de reeleição em 2026, principalmente devido ao perfil conservador e à forte conexão dos evangélicos com a direita política.

Em 2022, a maioria dos evangélicos apoiou Jair Bolsonaro, que se alinhou a líderes religiosos e utilizou pautas morais e conservadoras para consolidar seu eleitorado. Mesmo após a derrota, Bolsonaro continua exercendo influência sobre esse grupo, o que pode dificultar a reconquista desse segmento por Lula.

Atualmente, o Brasil registra cerca de 140 mil templos evangélicos, com uma média de 5.000 novas unidades abertas por ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Os dados mostram que, se a população evangélica de 2026 fosse a mesma de 2022, Lula teria obtido 49,8% dos votos válidos, em vez dos 50,9% conquistados. Essa diferença poderia ter alterado o resultado da eleição.

Lula tem enfrentado dificuldades em atender demandas da bancada evangélica, especialmente em temas como educação sexual, políticas LGBTQIA+ e laicidade do Estado, enquanto Bolsonaro mantém forte apoio de pastores influentes.

O crescimento evangélico representa um desafio significativo para Lula em 2026, já que esse grupo tem mostrado forte inclinação ao conservadorismo e apoio à direita política. Para reverter esse cenário, o governo precisará adotar estratégias eficazes de diálogo e comunicação para evitar que essa tendência se consolide ainda mais e comprometa suas chances de reeleição.

Outro fator apontado pelo estudo é a popularidade do presidente, que está abaixo do necessário para garantir a reeleição. Em pleitos anteriores, as maiores taxas de conversão de avaliações “ótimo/bom” em votos ocorreram em 2006 (87%) e 2022 (88%).

Para vencer em 2026, Lula precisaria que 41% dos eleitores o classificassem como “ótimo” ou “bom” e que 87% desses votos fossem convertidos. No entanto, segundo pesquisa do PoderData, apenas 24% dos eleitores atualmente avaliam seu governo de forma positiva.

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