O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira (19), elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, atingindo 14,25% ao ano. A decisão foi unânime e representa o maior patamar para a taxa desde agosto de 2016. Este foi o quinto aumento consecutivo promovido pelo colegiado e a segunda vez em que a reunião foi comandada por Gabriel Galípolo, atual presidente do BC.
A elevação dos juros ocorre em um cenário de pressão inflacionária persistente e de incertezas no ambiente econômico global. A justificativa do Copom para o novo aperto monetário está ligada ao compromisso com a ancoragem das expectativas de inflação e à busca por manter o controle sobre os preços no médio e longo prazo.
Com a Selic em 14,25%, o crédito tende a ficar mais caro, impactando diretamente o consumo das famílias e os investimentos das empresas. Por outro lado, a medida também visa conter o avanço da inflação, um dos principais desafios da política econômica atual.
Especialistas do mercado financeiro já projetavam a alta da Selic diante dos sinais emitidos pelo Banco Central nas últimas semanas. A expectativa agora se volta para os próximos passos do Copom e para os possíveis desdobramentos dessa política sobre o crescimento econômico e o mercado de trabalho.
A próxima reunião do Comitê está marcada para o mês seguinte, quando os dados econômicos mais recentes serão analisados para definir os rumos da taxa de juros no país.
Copom eleva Selic para 14,25% ao ano na quinta alta consecutiva
