O CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS é a principal organização ecumênica em nível internacional, fundada em 1948, em Amsterdam, Neerlândia. Com sede em Genebra, Suíça.
O Conselho congrega mais de 340 igrejas e denominações cristãs. Estas igrejas e denominações representam mais de 550 milhões de fiéis presentes em mais de 120 países.
A Igreja Católica não faz parte da organização, mas mantém laços estreitos com o CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS, o que ficou demonstrado por ocasião do encontro do Papa Francisco com líderes do Conselho em 2018. Desde 1965, o Grupo de Trabalho Conjunto da Igreja Católica Romana e do Conselho Mundial de Igrejas se reúne anualmente. Os católicos romanos participam com direitos a voto na Comissão de Missão Mundial e Evangelização do CMI. Com apoio financeiro do Vaticano, um professor católico romano faz parte do corpo docente do Instituto Ecumênico Bossey – órgão ligado ao Conselho.
Os primeiros contatos que permitiram o surgimento do Conselho Mundial de Igrejas ocorreram no século XIX, que resultaram na Conferência Missionária Mundial, realizada em Edimburgo, em 1910 e na publicação da Encíclica do Sínodo (Ortodoxo) de Constantinopla de 1920.
Esses dois eventos propunham uma “comunhão de Igrejas” semelhante à Liga das Nações. Entre 1937 e 1938, líderes de mais de 100 igrejas se comprometeram a tentar fundar um Conselho Mundial de Igrejas, mas a realização desse intento foi adiada após a eclosão da Segunda Guerra Mundial.
Atualmente o CMI defende um Fórum Cristão Global, num intento sem vínculos institucionais, de trazer a uma só mesa de diálogo todas as grandes famílias cristãs: ortodoxa, católica, anglicana e protestante. Após terem sido realizados encontros regionais – o Fórum Cristão Global Latino-Americano e Caribenho tendo sido realizado em junho de 2007, em Santiago do Chile – realizou-se o primeiro Fórum Cristão Global em Limuru, no Quênia, em novembro de 2007.
A partir da declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, para a qual o Conselho Mundial de Igrejas contribuiu com a terminologia sobre liberdade de religião ou crença, o CMI tem desempenhado um papel ativo no desenvolvimento e proteção dos direitos de todas as pessoas.
O Programa Dignidade e Direitos Humanos do CMI apoia mecanismos de denúncia do sistema de direitos humanos da ONU, dando voz aos sem voz e amplificando as vozes ignoradas.
Algumas das prioridades são:
– Desenvolver a dimensão inter-religiosa de direitos e dignidade;
– Concentrar a atenção nos direitos das vítimas e das minorias;
– Defesa da liberdade religiosa; e
– Fornecer às igrejas um espaço onde possam examinar as relações entre justiça e dignidade e direitos humanos.
O Conselho Mundial de Igrejas também têm se esforçado para defender a dignidade humana abordando os direitos humanos sob uma perspectiva ética e teológica. Isso requer uma abordagem holística em que os direitos políticos e civis e os direitos econômicos, culturais e sociais sejam considerados de forma integrada.
CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS
