Por Maurílio Silva
É de suma importância que as lideranças religiosas/espirituais estejam atentas à ordem prática dos cultos. Torna-se necessário reconhecer a diversidade de práticas e tradições alimentares da comunidade evangélica, e buscar equilíbrio que atenda à maioria daquela sociedade; observar as necessidades específicas dos membros e seus familiares é fundamental para estabelecer horários dos cultos que respeitem as expectativas e hábitos alimentares das famílias.
Os horários dos cultos religiosos em relação às refeições, especialmente aos domingos, devem ser um fator relevante a ser considerado, para melhor atender às necessidades dos indivíduos, tais como:
– se a cultura local tem um horário tradicional para o almoço aos domingos, deve-se ajustar os horários dos cultos de forma a não coincidir com o costumeiro horário do almoço;
– cultos à noite podem ser uma opção se a comunidade preferir realizar o almoço familiar e, em seguida, participar do culto noturno;
– a comunidade religiosa juntamente com suas lideranças, devem considerar a possibilidade de organizar eventos (almoços – ainda que esporadicamente) comunitários para realizarem as refeições dominicais após os cultos, proporcionando inclusive, oportunidade para os irmãos se reunirem e compartilharem uma refeição;
– manter uma comunicação aberta e transparente com a membresia sobre os horários em relação às refeições para melhor atender às suas necessidades; considerando inclusive aquelas pessoas que precisam seguir à risca o horário de sua alimentação devido ao que a sua saúde requer (diabéticos por exemplo);
– levar em consideração as obrigações e compromissos familiares da membresia em relação aos eventos sociais; evitando horários que concorram com outras atividades como esportes, trabalho ou estudos;
– coletar feedback regularmente dos membros pode ser útil para eventuais ajustes nos horários conforme o necessário;
– a duração do culto também é fator relevante. Algumas pessoas preferem cultos breves, enquanto outras podem preferir cultos mais longos. A busca do equilíbrio é o cerne da questão.
É importante reconhecer a diversidade de práticas e tradições alimentares da comunidade religiosa, e buscar equilíbrio que atenda à maioria do grupo, com participação ativa de todos; a compreensão das necessidades específicas da membresia pode ser fundamental para estabelecer horários de cultos que respeitem e sejam convenientes para os hábitos alimentares dominicais.

Enfim, é salutar desenvolver o caráter inter-religioso que contribuirá significativamente para a construção de comunidades mais harmoniosas e, para o fortalecimento das relações interpessoais em um mundo cada vez mais diversificado em termos de crenças e valores.