As regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil estão em estado de alerta devido ao aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A doença, que representa a piora dos sintomas gripais e pode comprometer a atividade respiratória de forma severa, já resultou em 21.498 registros e 1.659 mortes em todo o país até o último dia 15, segundo dados recentes.
Alta de casos preocupa especialistas
Os casos de SRAG são acompanhados com atenção por autoridades de saúde, principalmente em estados como Amazonas, Pará, Mato Grosso e Goiás, onde há maior circulação de vírus respiratórios, incluindo Influenza e Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
No Norte, as chuvas intensas e o clima úmido favorecem a propagação de doenças respiratórias, enquanto no Centro-Oeste, a alternância entre períodos secos e chuvosos contribui para a disseminação de vírus. Especialistas alertam que os surtos podem estar relacionados à maior circulação de variantes virais e ao relaxamento das medidas preventivas, como o uso de máscaras e a vacinação.
Perfil das infecções e público mais vulnerável
A SRAG pode ser causada por diversos agentes, como Influenza A e B, SARS-CoV-2 (Covid-19) e VSR. Crianças menores de cinco anos, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades são os mais afetados pela doença. Em muitos casos, os sintomas iniciais são semelhantes aos de uma gripe comum, mas evoluem rapidamente para falta de ar, queda da saturação de oxigênio e necessidade de internação hospitalar.
Medidas de prevenção e vacinação
Diante do cenário preocupante, autoridades reforçam a importância da vacinação contra a gripe e a Covid-19, especialmente para grupos prioritários. Além disso, recomendam medidas como:
- Uso de máscara em locais fechados e hospitais;
- Higienização frequente das mãos;
- Evitar aglomerações, especialmente em ambientes com pouca ventilação;
- Procurar atendimento médico ao primeiro sinal de agravamento dos sintomas.
Capacidade hospitalar e desafios
Com o aumento das internações por SRAG, hospitais do Norte e Centro-Oeste já registram uma demanda crescente por leitos de UTI e equipamentos de ventilação mecânica. Em alguns estados, unidades de saúde operam próximas ao limite da capacidade.
As secretarias estaduais monitoram a situação e podem adotar medidas emergenciais para conter o avanço da doença, como reforço na testagem, ampliação de leitos e campanhas para incentivar a vacinação.
Perspectivas
O monitoramento dos casos continuará sendo essencial nas próximas semanas para avaliar o impacto da doença e a necessidade de novas ações preventivas. A população, por sua vez, deve permanecer atenta aos cuidados básicos e buscar atendimento médico diante de qualquer sinal de agravamento dos sintomas gripais.
