De acordo com a Anvisa, a aprovação se baseou nos resultados de um estudo clínico robusto que envolveu 1.736 pacientes diagnosticados com Alzheimer em estágio inicial. Todos os participantes apresentavam sinais de patologia amiloide, um dos principais marcadores da doença. O Donanemabe atua justamente na redução do acúmulo dessas placas amiloides no cérebro, o que contribui para desacelerar o avanço dos sintomas cognitivos.
Durante o estudo, os pacientes tratados com Donanemabe apresentaram uma progressão mais lenta da doença em comparação ao grupo que recebeu placebo. Os resultados reforçam a importância do diagnóstico precoce, uma vez que a eficácia do medicamento está diretamente relacionada ao estágio inicial da enfermidade.
A aprovação do Donanemabe representa um avanço significativo no combate ao Alzheimer, condição neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e que, até o momento, conta com opções terapêuticas limitadas. Especialistas apontam que, embora o novo medicamento não seja uma cura, ele pode proporcionar uma melhor qualidade de vida e maior autonomia aos pacientes nas fases iniciais da doença.
Ainda segundo a Anvisa, a utilização do Donanemabe deverá seguir critérios específicos, incluindo a confirmação do diagnóstico de Alzheimer em estágio inicial e a presença de placas amiloides, que podem ser detectadas por exames de imagem ou testes laboratoriais.
A chegada do Donanemabe ao mercado brasileiro marca um passo importante no enfrentamento do Alzheimer e abre caminho para novos estudos e tratamentos que visam não apenas retardar, mas também prevenir o desenvolvimento da doença.
