Conhecido por suas declarações explosivas dentro e fora do seguimento evangélico, o pastor evangélico Anderson Silva disse em 26 de janeiro deste ano, ter recebido duas ligações da Polícia Federal (PF) depois de ter pedido em um podcast, oração para que Deus “arrebentasse a mandíbula” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em maio do ano passado.
Na ocasião, o caso ganhou grande repercussão, o que fez o ministro da Justiça, Flávio Dino, encaminhasse o trecho à PF para que fosse feita uma investigação.
Ao se explicar ao Delegado da PF, o pastor afirmou que a expressão “arrebentar a mandíbula” foi usada por ele com uma conotação metafórica. “A mandíbula é uma linguagem metafórica do salmista, né? A mandíbula é onde o opositor te dá a mordida, então o salmista clama a Deus, para que Deus lide com a autoridade que o opositor tem. Não incitei violência contra absolutamente ninguém”, disse Silva.
Se foi medo da PF ou algum acordo político, o fato é que Anderson mudou radicalmente de lado recentemente.
No Distrito Federal, Anderson Silva foi candidato a deputado distrital pelo Partido Liberal (PL) em 2022 (teve 9.067 votos), e uma das principais vozes de apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) naquele ano. Porém, no final de fevereiro, o pastor gravou um vídeo dizendo estar arrependido da “bolsonarização” de seu ministério, pois isso prejudicou sua missão pastoral.
No início de março, Anderson Silva, que é líder da Igreja Vivo Por Ti, esteve no Palácio do Planalto e se encontrou com o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Paulo Pimenta. No encontro, ele anunciou ter se arrependido de ser bolsonarista, fato que agradou em cheio o governo esquerdista.
Mas Silva pode ter dado um tiro no pé. Após o encontro no Planalto, o pastor perdeu 17 mil seguidores no Instagram após publicar foto ao lado do ministro petista Paulo Pimenta.