O analfabetismo no Brasil é um problema persistente e complexo, que reflete desigualdades históricas, sociais e econômicas do país. Apesar dos avanços significativos nas últimas décadas, milhões de brasileiros ainda enfrentam dificuldades em ler e escrever, o que limita sua oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) de 2021, a taxa de analfabetismo no Brasil entre pessoas com 15 anos ou mais era de aproximadamente 6,6%. O que representa cerca de 11 milhões de pessoas. Esse número, embora menor em comparação com décadas anteriores, ainda é preocupante e aponta para a necessidade de políticas públicas mais eficazes e abrangentes.
O analfabetismo no Brasil não é apenas uma questão de falta de alfabetização básica. Muitos brasileiros são considerados analfabetos funcionais, o que significa que, embora consigam ler e escrever palavras e frases simples, têm dificuldade para compreender textos mais complexos e realizar operações matemáticas básicas. Segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF), cerca de 30% da população brasileira adulta está nesta condição.
Quantos analfabetos tem no Brasil de 2024? O analfabetismo recuou um pouco, porém mais de onze milhões de brasileiros acima de 15 anos não sabem ler e nem escrever. Pretos e pardos representam 55% da população brasileira e, 72% destas pessoas são analfabetos aponta o censo.
A erradicação do analfabetismo é fundamental para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Uma população mais educada é capaz de participar mais ativamente da sociedade, contribuir para a economia e promover uma cidadania mais plena. Portanto, é essencial que o país continue a investir na educação de qualidade e acessível para todos, garantindo que as futuras gerações tenham melhores oportunidades de vida.
TRÊS PAÍSES QUE APOSTARAM NA EDUCAÇÃO PARA TRANSFORMAR GERAÇÕES
CORÉIA DO SUL: A guerra vivida pela Coréia do Sul na década de 50 foi devastadora porque o país chegou a 1960 com uma piora nos índices de desenvolvimento urbano, analfabetismo e renda. A reviravolta só veio depois que a educação se tornou o motor da mudança, com foco nos níveis mais básicos. De acordo com dados da Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCD|E), a cada dólar e meio investido na educação superior, a Coréia do Sul colocou um dólar na educação básica. Atualmente, a Coréia do Sul possui 100% da sua população alfabetizada e 97% dos estudantes completam o ensino médio. Segundo reportagem do portal G1, a Coréia do Sul investe cerca de 7,6% do seu Produto Interno Bruto em educação; assim, é o terceiro país que mais investe proporcionalmente na educação, depois da Islândia e Dinamarca.
FINLÂNDIA: A Finlândia empreendeu uma grande reforma no ensino fundamental há 40 anos. A educação infantil é concedida a todas as crianças; algumas entram até antes de completar um ano. Aos cinco anos, a criança é matriculada no sistema gratuito para quatro horas de atividade, o que inclui almoço. Um ano depois, começa a pré-escola. A escolaridade obrigatória, toda financiada pelo poder público, vai dos nove aos 15 anos. Posteriormente, o aluno opta pelo ensino médio ou a educação profissional. Ressalta-se que o foco aqui é o conhecimento interdisciplinar. Os professores que atuam na educação fundamental devem ter, no mínimo, o título de mestrado. Já na educação infantil o professor deve ser bacharel.
PORTUGAL: O país registra constantes avanços nos seus indicadores educacionais desde o início dos anos 2000. De acordo com dados divulgados em uma reportagem da revista Carta Capital, entre 2003 e 2015, o total de mães que tinham o ensino secundário subiu 41%; isso é importante porque estudos demonstram que quanto maior a escolaridade materna, maior é rendimento dos filhos na escola. A educação básica em Portugal é dividida em três ciclos com duração total de 12 anos. Já o ensino superior contempla os sistemas universitário e politécnico, este último é focado na formação profissional prática.
Ao observarmos os três exemplos citados acima é possível perceber como a educação impacta na vida das crianças e é capaz de mudar a realidade de famílias inteiras. O acesso à educação faz com que cidadãos tenham uma leitura de mundo mais ampla e crítica; ajuda a reduzir a desigualdade social ao proporcionar maiores oportunidades de emprego e melhoria na qualidade de vida; e ajuda na conscientização e empoderamento dos indivíduos que ficam cientes dos seus direitos e, consequentemente dos seus deveres também, como seres das sociedades constituídas.
As igrejas evangélicas através dos seus pastores e lideranças devem e precisam se voltar mais para a educação secular. Temos um bom exemplo em termos de educação de qualidade – IGREJA ADVENTISTA. Parabenizamos essa instituição pelo excelente trabalho que presta à sociedade brasileira no setor educacional.