Uma pesquisa pública na Irlanda do Norte revelou uma forte oposição à inclusão do acesso ao aborto nos materiais de educação sexual. Conduzida pelo Departamento de Educação da região, a consulta buscava insights sobre a legislação que permite aos pais retirarem seus filhos de aulas abordando saúde sexual e reprodutiva, incluindo o tema do aborto. Cerca de 73% dos participantes expressaram resistência à inclusão do acesso ao aborto na educação sexual.

As diretrizes recentes do Departamento de Educação confirmaram o direito dos pais de retirar seus filhos dessas aulas, do 8º ao 11º ano, e no 12º ano, caso haja consentimento da criança. Os pais podem fazer tal solicitação por escrito, sem a necessidade de fornecer um motivo específico. Além disso, as orientações destacam que professores e alunos podem discutir questões morais, éticas e espirituais, alinhando-se ao espírito da escola.
A consulta pública recebeu mais de 13.000 respostas, com quase metade proveniente dos pais. Uma esmagadora maioria (92%) concordou que os pais deveriam ser informados sobre o conteúdo específico das aulas de educação sexual. Catherine Robinson, porta-voz da Right To Life UK, destacou a rejeição clara ao ensino sobre o acesso ao aborto na Irlanda do Norte, enfatizando que reflete a vontade da população, que historicamente resistiu à introdução do aborto na região.