sábado, 15 março 2025
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OPERAÇÃO DRÁCON: MPDFT pede condenação de Celina Leão e outros 3 ex-distritais por corrupção passiva

A lua de mel de ex-distritais com a justiça parece ter chegado ao fim na semana passada

Com provas irrefutáveis, o  Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) pediu a condenação da ex-deputada distrital, ex-deputada federal e atual vice-governadora do DF Celina Leão (PP) e outros três ex-deputados distritais por corrupção passiva. O pedido ocorre no âmbito da Operação Drácon, deflagrada em 2016 para investigar negociação de propina na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

À época da deflagração da operação, Cristiano Araújo foi apontado como articulador do esquema criminoso. As investigações apontaram um esquema de negociação de propina na CLDF, em troca da aprovação de emendas para liberar dinheiro para empresas da área da saúde e da construção civil, que tinham contratos com o governo.

De acordo com o Ministério Público, as circunstâncias dos crimes “são especialmente gravosas”, pois envolveram significativo montante de recursos públicos: R$ 30 milhões.

O MPDFT também pede o pagamento de R$ 3.050.355,37 pelos denunciados para reparar os danos causados. Além de Celina, são acusados os ex-distritais:  Cristiano Nogueira Araújo, Júlio César Ribeiro e Renato Andrade dos Santos (conhecido como Bispo Renato Andrade).

“Os fatos também se mostram de especial gravidade em razão de ter havido interferência direta dos deputados envolvidos para a aprovação de ao menos duas leis com dispositivos que atendiam aos interesses do grupo”, diz o MP.

A parlamentar foi afastada da presidência da CLDF em 23 de agosto de 2016, após realização de operação da Polícia Civil que investigava suspeita de pagamento de propina para liberação de contratos com empresas prestadoras de serviço de UTI na rede de saúde do DF.

Em nota, a defesa de Celina Leão informou que “está tranquila” em relação à inocência da vice-governadora, e que o processo “tem vários vícios e defeitos que serão apresentados”.

Mas fica a pergunta: Por quê não mostraram os ‘vícios e defeitos’ no processo até agora?

Nos áudios feitos por Liliane Roriz, que prestou depoimento ao MP, Celina fala sobre mudança de finalidade de uma emenda parlamentar que direcionou R$ 30 milhões da sobra orçamentária da Câmara a um grupo de seis empresas que prestam serviço de UTI. Segundo as denúncias, o repasse acabou beneficiando deputados da Mesa Diretora.

Em entrevista exclusiva à TV Globo, Liliane detalhou parte do suposto “acordo”. Segundo ela, a negociação tratava de uma “sobra orçamentária” de R$ 30 milhões, destinada originalmente à reforma de escolas e unidades de saúde.

No começo de dezembro de 2015, os distritais aprovaram uma mudança no texto, direcionando o aporte para pagar dívidas do Palácio do Buriti com prestadoras de serviço em UTIs. O esquema teria sido montado pelo distrital Cristiano Araújo. Pela denúncia, o acordo envolveria repasse aos deputados de 7% sobre o valor das emendas.

O fato é que o MPDFT jogou pá de cal em cima da pretensão de Celina de se eleger governadora do DF em 2026.

Recentemente, Celina Leão (PP)  foi vaiada durante um evento no Sol Nascente, região administrativa do Distrito Federal. Ela participou, junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da cerimônia de lançamento da pedra fundamental de um novo instituto federal no local. Com a grande presença moradores locais, Celina foi vaiada durante toda a sua fala, mesmo quando o presidente e o deputado distrital Chico Vigilante (PT) foram para o lado da vice-governadora para evitar que ela fosse hostilizada.

Eleita com poucos votos para distrital  em 2010, com 7.771 votos, reeleita distrital com 12.670 votos e eleita deputada federal em 2018 na última posição com 31.610 votos, Celina Leão nunca foi campeã de votos. Só conseguiu ser eleita na chapa encabeçada por Ibaneis em 2022 graças ao extraordinário e explícito apoio da carismática  Michelle Bolsonaro, que abraçou a campanha do governador e da candidata ao Senado, Damares Alves.

Graças ao apoio do casal Jair e  Michelle Bolsonaro, Ibaneis foi reeleito no primeiro turno das eleições de 2022 e Damares Alves foi eleita senadora do DF.

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