A comunidade evangélica brasileira, com poucas exceções, tem caminhado numa direção que está levando à deterioração do evangelho da graça.
Há 78 anos eu era criança, e era fácil perceber a seriedade dos oficiais da igreja no trato com a santa palavra.
Haviam orações, cultos de ação de graça, gratidão a Deus por uma farta colheita, e reconhecer o senhorio de Cristo nessas ocasiões.
Os tempos passaram, nós passamos e hoje nós temos uma garotada de 20, 30 anos se auto proclamando Apóstolos para “cacifar” e levantar dinheiro para comprar carrões, aviões, viagens ao exterior, casas de luxo ( verdadeiras mansões); enquanto isso o trabalho social, o trabalho assistencial, o trabalho evangelístico com qualidade deixa e muito, a desejar.
Há poucos dias veio da Bahia um jovem, por nome Bruno, que se diz Bispo; sozinho ele lotou o estádio Mané Garrincha em Brasília – DF. Em meados do ano passado eu vi uma dessas lideranças atuais dizendo que tinham de fazer um pool de igrejas par ir pregar no mesmo Estádio; ou seja: há um desequilíbrio que não consigo entender, por mais que eu me esforce. Para encher um Estádio, um Bispo da Bahia consegue sozinho o feito e, num segundo momento, faz-se necessário um pool de igrejas para lotar esse mesmo Estádio.
No quesito doutrina, virou até piada no meio evangélico; em cima dos púlpito é lugar de bate-papo, assinaturas, acordos etc.
Faz-se um congresso, promovem-se convenções, sem planejamentos; na maioria das vezes são apenas ajuntamentos de gente, para levantamento de ofertas.
As igrejas evangélicas contribuem mais com o divórcio do que as demais instituições. É raro encontrar uma igreja que não tenha uma causa na justiça, em demanda no judiciário.
Estamos caminhando a passos largos para a volta de Jesus e quiça, a perdição eterna.
Talvez, e só talvez, ainda seja tempo de rever a boa prática do evangelho, a seriedade da ressurreição de Jesus Cristo no calvário, e ensinarmos a doutrina bíblica para ver se sobra alguma coisa positiva no dia do arrebatamento da igreja.
As igrejas, de há muito, deixaram de ensinar a palavra. Hoje é festa da mocidade, festa das irmãs, festa dos varões, encontros diversos, e pouca profundidade nos textos e nos ensinamentos da palavra.
Está tendo escassez de pastores com qualidade aprovada, com conhecimento adequado e com vida no altar para ser o exemplo.
Reverendo Maurílio Silva