O profeta Isaías previu a vinda de Jesus Cristo setecentos
anos antes de Cristo vir ao mundo. Isaías capítulo 9. Outros
profetas também fizeram grandes revelações a respeito. Mas
não é este o fato que eu quero analisar brevemente.
No início do século I Jesus movimentou de maneira grande
Israel. A Galiléia, a Samaria, Belém da Judéia , Jerusalém e por aí
afora, Aconteceram grandes movimentações até culminar com a
morte e ressurreição de Jesus.
Portanto, no século I, nós tivemos uma Jerusalém
movimentada e rica; talvez a cidade mais importante do mundo
naquele século.
Foi exatamente nesse momento que surge um cidadão por
nome Tito, General do Exército Romano, que sai de Roma e vai a
Jerusalém. Qual era o seu objetivo? Tomar Israel; dominar
Jerusalém e fazer um país inteiramente dependente de Roma.
General Tito avança sobre Jerusalém comandando uma tropa do
Império Romano e começa a grande matança. O que houve em
Jerusalém foi tão terrível em termos de matança indiscriminada,
que Flávio José, o grande autor do livro História do Hebreus
disse: “ eu não tenho palavras para explicar tamanha tragédia;
eu não consigo explicar em palavras o que ocorreu em
Jerusalém.”
Fome, cadáveres insepultos nas ruas, mau cheiro. Mataram
crianças , mataram jovens, assaram crianças, enfiaram paus,
canos nas pessoas; no ânus, entre outros lugares; para que as
pessoas confessassem onde estava guardado o alimento, porque
a fome era devastadora, entre tantas outros terríveis
acontecimentos.
Nesse quadro nós tivemos, então, a destruição do templo.
O templo de Jerusalém, construído primeiro por Salomão, depois
por Herodes; era uma obra monumental e mundial. Era um
conjunto de prédios que Herodes, quando o construiu, fez
questão de torna-lo o mais moderno, o mais luxuoso complexo
de administração e templo de toda a história da humanidade.
Então Jerusalém naqueles dias fervilhava; até que o
desastre chamado General Tito, destruiu Jerusalém, o templo, as
obras de arte, toda a beleza. Nesse momento, surgiram alguns
defensores de Jerusalém que acabaram em nada, porque o
Exército Romano era poderoso.
Bom, nós estamos falando do século I; estamos no ano
setenta, quando aconteceu tudo isso em Jerusalém, a cidade
acabou. Praticamente acabou.
Vinte séculos depois, no século XXI, preste atenção nisso,
surge um grupo que hoje chamam de Hamás; logo ali ao lado de
Tel Aviv, bem perto de Jerusalém, na Faixa de Gaza, onde os
filisteus fizeram história. E esse grupo de terroristas fez, no dia
sete de outubro de 2023 exatamente o que o General Tito fizera
no ano 70 DC. Só não destruíram o templo, que já estava
destruído desde o ano 70.
Ora, agora ter de tolerar esquerdista do Brasil, esquerdista
do mundo, comunistas, falar que Israel está exagerando… eu até
acho que pode ter algum exagero sim; agora Israel tem de se
defender. Porque no ano 70, Israel não tinha como se defender;
hoje tem armas, inclusive atômicas, que impõem respeito no
mundo, e tem condições bélicas; tem armamento suficiente para
se defender, para defender seu território.
Não reconhecer que o Hamás é um grupo terrorista e
assassino, derivado do General Tito e seus comandantes e
comandados, com toda certeza é reconhecer a barbárie como
algo normal; é ignorância, é falta de conhecimento da história, e
é não vivenciar a história pelo menos do século I até os dias
atuais.
Obviamente não defendo matança de inocentes. Agora
esses assassinos que vão lá no Kibbutz, pegam crianças vivas e
jogam dentro de um forno; simplesmente esses terroristas
matam, inclusive, crianças indefesas.
Foi exatamente isso que ocorreu agora, em 7 de outubro de
2023. Aqueles que matam, que destroem, que estupram, eu
acho que é muito próximo da imbecilidade humana. O humano
do século XXI, representado pelo Hamás, chegou à bestialidade,
à imbecilidade, à estupidez.
E o que muito e ainda mais me preocupa, é que não vejo o
mundo cristão reagindo. Pastores, missionários, profetas; cadê
os profetas dos dias atuais? Só falam em coisitas; não vão
profundo e dizem uma verdade clara e objetiva: no mínimo para
dizer, “Deus não se deixa zombar”.
Meus amigos, é tempo da igreja acordar. Ou acorda agora
ou não acorda nunca. Vinte séculos depois, dois mil anos depois,
através do Hamás, nós vivemos e estamos revivendo a Jerusalém
do ano 70.
Faixa de Gaza, Jerusalém, Israel, Tel Aviv e outras cidades
de Israel, revivem o massacre do ano 70 Depois de Cristo.
Eu faço aqui um apelo não para os religiosos, até porque eu
não acredito muito em religiosos, mas apelo aos evangélicos
“raiz”; não ao cristianismo, mas o evangélico que prega a
mudança, a transformação, a novidade de vida; que venham à
tona dizer para que e por que estão no mundo nesses dias
atuais.
Reverendo Maurílio Silva
