(STANLEY JONES – MISSIONÁRIO METODISTA)
Eli Stanley Jones – seu nome é quase um mítico na história das missões modernas. Chegou a ser considerado o maior missionário do século 20. Proeminente missionário metodista norte-americano conhecido por seu trabalho na Índia. Após sua formação teológica, em 1907, partiu para a Índia atuando como missionário ao longo de décadas.
Uma das suas abordagens notáveis foi a ênfase na contextualização, buscando conectar a mensagem cristã com a cultura e as tradições locais. Defensor do diálogo inter-religioso, procurou encontrar pontos de convergências entre as diversas tradições espirituais presentes na Ìndia. Além disso, o missionário Stanley também foi um autor prolífico, escrevendo diversos livros que exploram temas teológicos, sociais e interculturais. Ele era conhecido por sua visão progressista e sua abordagem inclusiva.
Desde o início do seu ministério, Jones demonstrou extraordinária sensibilidade em relação aos valores e anseios do povo entre o qual estava trabalhando. Começou trabalhando entre as castas inferiores, mas logo começou a se relacionar com a elite política e intelectual indianas. Procurando identificar-se profundamente com a cultura indiana, fez o propósito de reapresentar-lhe o cristianismo desvestido de sua roupagens ocidentais.
Em 1930 criou a primeira versão cristã do ashram, uma instituição social indiana na forma de uma comunidade de vida e reflexão. Desenvolveu esse trabalho na Índia e o levou para outros países.
Foi indicado duas vezes para o Prêmio Nobel da Paz. No pós guerra, fez uma grande campanha nos Estados Unidos em prol da união das igrejas, falando em centenas de cidades.
Em 1963 recebeu o Prêmio Gandhi da Paz (de quem havia se tornado amigo); ele havia escrito uma biografia de Gandhi.
O escritor Luís A.R. Branco aponta cinco elementos da estratégia evangelística de Jones, que são muito úteis para a igreja evangélica num sentido universal:
- Ser absolutamente sincero;
- Anunciar de antemão que não irá atacar nenhuma religião;
- Deixar que as pessoas façam perguntas;
- Apresentar o cristianismo como o próprio Cristo;
- Apresentar Cristo como uma experiência de vida, e não como um argumento teológico;
Stanley proferiu dezenas de milhares de sermões e palestras; viajou 50 semanas por ano e frequentemente falava de duas a seis vezes por dia. Sua mensagem sobre a necessidade de “rende-se” a Jesus Cristo e “Jesus é o Senhor” teve um impacto de mudança de vida em milhões de pessoas em todo o mundo que o ouviram falar ou leram seus livros.
Esteve no Brasil pela primeira vez em 1928, proferindo inúmeras conferências no Rio de Janeiro, Juiz de Fora, São Paulo e Santos. Em 1963, já idoso, fez sua segunda visita ao Brasil; falou no Maracananzinho e na Igreja Metodista de São Paulo. Suas palestras nessa ocasião resultaram no livro Jesus é Senhor, dentre vários outros publicados no Brasil.
O exemplo do missionário Stanley deveria servir para profunda reflexão em nossas faculdades de teologia e seminários no Brasil.
Na cidade satélite de Samambaia no Distrito Federal, com uma população aproximada de 250.000 habitantes, já no ano de 2006 foram contadas 512 igrejas; uma oferta bem maior que a procura, e almas para serem salvas no Oriente Médio, Índia, Japão e china, dentre tantos outros países pelo mundo afora. E ainda se fala em avivamento no Brasil!!
A longevidade de um pregador comprometido com a salvação de almas. Sessenta e Seis anos na Ìndia: eis um exemplo a ser seguido.
“ A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.” Isaías 6: 8
Você pode dizer o mesmo?