Nos últimos meses, seis estados brasileiros e o Distrito Federal registraram um aumento preocupante nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças. Segundo especialistas, essa alta pode estar relacionada à circulação de diferentes vírus respiratórios, incluindo o SARS-CoV-2, causador da covid-19.
Dados recentes do Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apontam que estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentaram um crescimento significativo nos registros da doença entre o público infantil. O Distrito Federal também segue essa tendência de alta.
A SRAG é caracterizada por sintomas como febre alta, dificuldade para respirar e baixa oxigenação do sangue. Em crianças, a condição pode evoluir rapidamente para quadros mais graves, necessitando de internação hospitalar e, em alguns casos, suporte ventilatório.
A pesquisadora Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, reforça a importância da vacinação contra a covid-19 para crianças. Ela alerta que, apesar da redução da pandemia, o coronavírus continua em circulação e pode provocar complicações severas, especialmente em crianças não vacinadas ou com esquema vacinal incompleto.
Além da covid-19, outros vírus respiratórios, como o sincicial respiratório e a influenza, também têm contribuído para o aumento dos casos de SRAG. Além da vacinação, especialistas recomendam medidas preventivas, como a higienização frequente das mãos, o uso de máscaras em ambientes fechados ou com aglomeração e evitar o contato com pessoas doentes.
Com a chegada do outono e a consequente maior circulação de vírus respiratórios, as autoridades de saúde reforçam a necessidade de vigilância e prevenção para evitar o aumento de internações e complicações em crianças. A conscientização sobre a importância da vacinação e das medidas preventivas é fundamental para proteger a saúde dos pequenos e conter a disseminação das doenças respiratórias.