O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, revogou recentemente dois memorandos da administração anterior que incentivavam os estados a considerarem fatores climáticos e de equidade em projetos de infraestrutura. Esses documentos priorizavam a resiliência das infraestruturas às mudanças climáticas, a adoção de tecnologias como carregamento de veículos elétricos e energias renováveis, além da inclusão de comunidades desfavorecidas no planejamento de projetos.
O secretário de Transportes, Sean Duffy, justificou a revogação afirmando que os memorandos conflitavam com a intenção do Congresso ao aprovar a lei de infraestrutura de US$ 1 trilhão em 2021 e adicionavam encargos financeiros significativos. Duffy enfatizou que o Departamento de Transportes está retornando ao foco em projetos de infraestrutura essenciais que garantam a mobilidade segura de pessoas e mercadorias.
Durante a administração Biden, em 2021, o Departamento de Transportes dos EUA havia anunciado US$ 830 milhões em subsídios destinados a aumentar a resiliência de projetos de infraestrutura frente às mudanças climáticas. Além disso, o governo anterior implementou uma regra que exigia que os estados medissem e estabelecessem metas decrescentes para as emissões de gases de efeito estufa provenientes de veículos nas rodovias nacionais. Duffy já havia indicado planos de rescindir essa regra, alinhando-se às recentes revogações dos memorandos.
Essas ações refletem uma mudança na política federal dos EUA em relação ao enfrentamento das mudanças climáticas no contexto de projetos de infraestrutura, priorizando aspectos tradicionais de desenvolvimento e segurança sobre considerações ambientais e de equidade social.
