O Brasil encerrou o ano de 2024 com dívida pública federal de R$ 7,3 trilhões, a maior alta em quatro anos, segundo dados do Relatório Mensal da Dívida, divulgado nesta terça-feira (4), pelo Tesouro Nacional. O custo da dívida também subiu, passando de uma taxa média de juros de 10,26% em dezembro de 2023 para 12,9% no mesmo período de 2024.
Esse aumento é devido a uma série de fatores econômicos, como juros elevados, a necessidade de financiamento do setor público e a desvalorização cambial ao longo do ano. A alta representa um desafio considerável para a sustentabilidade fiscal do país, exigindo medidas estratégicas para conter o crescimento do endividamento.
Esse cenário de custo alto da dívida reflete diretamente sobre a economia brasileira. A restrição fiscal pode limitar a capacidade do governo de estimular a economia, enquanto os juros elevados encarecem o crédito para empresas e consumidores.
Para os analistas, a importância de uma política fiscal vai garantir a confiança dos investidores e impulsionar o crescimento econômico de forma sustentável.
Para 2025, o governo enfrenta o desafio de equilibrar suas contas e retomar a trajetória de sustentabilidade fiscal. Medidas como a reforma tributária e a busca por maior eficiência nos gastos públicos são consideradas cruciais para conter o avanço da dívida.
Em declaração recente, o ministro da Fazenda afirmou que há um compromisso firme com a disciplina fiscal e que serão implementadas ações para reduzir gradualmente a necessidade de financiamento do governo. No entanto, especialistas alertam que a recuperação econômica e a estabilização da dívida dependerão também de condições favoráveis no cenário internacional.